Big Data: o que é e como utilizá-lo nas estratégias da sua empresa

Desmistificamos o que Big Data significa, para que serve e como pode ajudar nos resultados da sua empresa.
Se alguém lhe perguntasse qual foi a coisa mais produzida pela humanidade nos últimos 100 anos, uma boa e segura aposta seria responder dizendo “informação”.
Por mais genérico e abrangente que isso possa soar, não é necessário ir muito longe para perceber que o mundo atual gira em torno de todo tipo de informação, sendo que uma boa porção disso tudo são os dados coletados, analisados e utilizados por empresas.
De acordo com um relatório VNI da Cisco, estima-se que até 2020 o número de bytes gerados pelo tráfego na internet irá alcançar a marca de 2,3 zettabytes – ou 2.300.000.000.000.000.000.000, se preferir.
Assim, surgem perguntas como: para onde vão todos esses dados e informações? A quais propósitos eles servem?
Foi a partir da necessidade de lidar com volumes maiores de informação – outrora desordenados e não sendo utilizados da forma mais proveitosa possível – que surgiu o Big Data.
O que significa Big Data
Uma das possíveis traduções literais para Big Data é “grandes dados”, mas não é algo que exija que você esteja lidando com dados na casa dos zettabytes.
Alguns especialistas adotam uma definição bastante amigável para o termo Big Data, como sendo toda e qualquer informação que possa ser computada e analisada a respeito de uma empresa e seu público.
Em outras palavras, qualquer empresa que possui bancos de dados, coleta informações, faz análises quantitativas dos seus negócios e busca orientar suas ações tendo como base esses dados, é uma empresa “apta” a fazer uso de Big Data.
Um exemplo fácil de entender: a empresa X possui um aplicativo que é utilizado por diferentes pessoas, de diferentes perfis. Faz sentido, portanto, que ela busque meios de computar informações acerca de seus clientes, bem como informações sobre como eles utilizam seu aplicativo.
Tudo isso gera um grande volume de informações, o qual dificilmente consegue ser organizado e cruzado com métodos mais tradicionais, especialmente quando as operações ganham maior escala.
Justamente por isso, surgiu o Big Data.
Os 5V do Big Data
Talvez um dos aspectos mais interessantes quando se fala em Big Data sejam seus cinco “pilares”, conhecidos como 5V, que correspondem a: volume, velocidade, variedade, veracidade e valor.
Essas cinco palavras, além de servirem para nortear as atividades de alguém que trabalha com Big Data, também acabam desempenhando um grande papel na sua própria definição.
• Volume: como o próprio nome sugere, o Big Data tem muita relação com o volume de informações e dados variáveis que são gerados, coletados, organizados, analisados, interpretados e utilizados como base para ações futuras – e a tendência é que esse volume sempre cresça.
• Velocidade: de pouco adianta um grande volume de informações se a velocidade com que você processa esses dados for baixa. A informação é mais valiosa quando está “fresca” e reflete a realidade daquele exato momento para a empresa, pois ela precisa saber o mais rápido possível como pode otimizar suas ações e expandir seus negócios. Por isso, velocidade também é palavra de ordem para o Big Data.
• Variedade: um dos maiores desafios da análise de um grande volume de dados é fazê-la mesmo diante de informações extremamente variadas. Esse também é um dos principais atrativos do Big Data, pois visa dar ordem mesmo em ambientes de dados que parecem, num primeiro momento, caóticos.
• Veracidade: em se tratando de coleta e análise de dados, é possível que a veracidade seja o aspecto mais importante de todos. Informações que não reproduzem com fidelidade o ambiente real com o qual a empresa trabalha e está inserida de nada servem.
• Valor: uma empresa que opta por trabalhar com Big Data está buscando mais resultados e informações que possam de fato ser utilizadas e que sirvam de auxílio para que ela alcance seu propósito. Em outras palavras, é uma empresa que busca, no Big Data, valor para seu negócio. Isso implica em fazer as perguntas certas e coletar dados que sejam realmente pertinentes.
Big Data ou Business Intelligence?
É comum que pessoas comparem Big Data com Business Intelligence (BI). Ambos têm relação com a coleta e processamento de dados visando uma aplicabilidade mercadológica, porém são diferentes.
Apesar do embate poder render uma boa discussão, podemos dizer que a principal diferença entre o Big Data e o BI reside no fato de que o primeiro, além de já ter nascido visando primariamente trabalhar com grande volume de informações, está mais focado no desenvolvimento de plataformas que objetivam o cruzamento de dados e a identificação de padrões que, possivelmente, os cérebros humanos que estariam por trás do Business Intelligence não perceberam ou sequer estavam buscando.
Ou seja, a relação entre Big Data e BI não é excludente, mas sim complementar.
Como o Big Data pode alavancar os resultados da sua empresa
Se tentássemos definir um propósito-chave para o Big Data, poderíamos dizer que esse propósito é fornecer embasamento para que gestores possam tomar decisões com mais rapidez e segurança, resultados melhores e mais facilmente previsíveis – no popular, “tomar decisões melhores”.
Como o Big Data faz isso? Através da coleta, organização e cruzamento de informações, sempre contemplando os 5Vs: volume, velocidade, variedade, veracidade e valor.
O Big Data ajuda as empresas a entenderem melhor os perfis e comportamentos dos seus clientes, o mercado nos quais estão inseridas e, não menos importante, a identificarem oportunidades que não seriam identificadas caso esses dados fossem tratados com métodos tradicionais e processamento e análise.
Assim, a empresa passa a dispor daquilo que é necessário para que novas vantagens competitivas sejam criadas e para que suas equipes de marketing, vendas e outras possam atuar com mais precisão e melhor aproveitamento de recursos.